(...) por vezes não existem títulos para textos!

  Mal o dia começava, sentia o sonolento olhar da rapariga loira ainda da manhã , em cima de mim, e aí sentia-me disperto e apto novamente para fazer as minhas funções.(...)

  Era o senhor que contava todos os segundos do dia. Eu era o senhor do tempo!

  Eu seria talvez quem passava mais tempo com a rapariga loira, mas não passava de um simples objecto de beleza que ela usava. Mas no fundo , eu sabia que fazia parte da vida  dela todos os dias. Eu era muito mais do que um senhor do tempo, eu era também um testemunho de todas as suas vivências.

  Eu era aquele relógio que talvez toda a gente tinha um igual a mim, o típico relógio verde com riscas cinzentas , com um grande mostrador  e com ponteiros laranja-flurescentes. Eu era o típico Swatch que brilhava no escuro!

  Contudo, eu sabia que por mais que pudesse haver mil relógios iguais a mim, eu era único na vida da rapariga loira. Todas as suas vivências eu presenciei e continuava a presenciar. À vista dos seus olhos verdes eu seria sempre o favorito, ( talvez por eu ser verde , e os olhos da rapariga loira também!), por mais que mais tarde ela encontrasse um senhor do tempo mais bonito que eu , eu nunca seria substítuido.

  Sabia segredos que mais ninguém sabia, eu sabia o que fazia a rapariga loira verdadeiramente feliz, era como que se eu e ela fôssemos um só , e o que ela sentia , eu sentia também!

  Adorava aquela sensação de quando ela passava horas enfiada no quarto  e perdia por completo a noção do tempo! Era incrívelmente inexplicável aquela sensação! Mas por mais que ela estivesse perdida e dístraída , os seus fascinantes olhos verdes acabavam sempre por serem chamados à atenção por mim.

  E assim, lá estava eu presente em cada momento da sua vida, contando os segundos do dia!

( portanto, este texto foi o resultado de um texto de improviso, para uma aula de português) muito mau ! :)